quinta-feira, 20 de agosto de 2009

COLABORAÇÃO DO PAPAMIKE

Publicamos a seguir a gentil colaboração do Papamike

Anderson Couto


Falta de iniciativa, criatividade, motivação são os sinais constantes dos membros das morosas burocracias, seja no âmbito militar, seja no orbe público ou privado. Mas infelizmente, enquanto a sociedade civil dá sinais de desburocratização, com flexibilização e maior autonomia, as instituições públicas continuam encasteladas em excessivas regras que direcionam seus serviços a paralisia.
O diagnóstico se torna ainda mais sombrio quando se constata uma gama de leis penais como panacéia geral dos problemas da sociedade pós-moderna, colocando sob a competência das policiais militares inúmeras atividades, e que, por conseguinte, tornam necessária uma constante reatualização, permanente, progressiva e acumulativa, de seus membros que são ao mesmo tempo engessados pela paralisia mental dos regulamentos.
Disso tudo não causa surpresa o fracasso, a ineficiência e tampouco o desespero dos administradores, que, não sabendo diagnosticar de forma consciente os problemas das instituições, ativam os mesmos dispositivos que as inabilitam a desincumbir-se de suas tarefas, que é o chicote herdado das ditaduras, o regulamento, as sanções disciplinares excessivas.
Desta forma, nessa atitude, só fazem apressar bestificados a morte da moribunda burocracia militar, e chamam para si a pecha da incompetência. Esse é o triste quadro da Polícia Militar de Sergipe que muda os caciques mas não muda a estrutura corrompida desde o fundamento, o militarismo identificado como modelo de otimização administrativa.
Claro que para isso é necessário justificativas. Enxergo, sem nenhum rubor, que a principal justificativa para o fim do militarismo deveria ser a contradição entre o "expansionismo penal contemporâneo" e o "engessamento prático e moral do modelo burocrático de administração", potencializado pelo modelo militar da Instituição Total, que impede a Polícia de dar conta das excessivas atividades que a sociedade elege para ela, implicita na enxujada de legislação punitiva.
Isso traz como consequência o simples simbolismo da lei penal, em especial porque não pode ser concretizada em virtude do engessamento do aparato burocrático, e a ineficiência das Instituições Públicas, que se tornam sob os "olhos"da consciência social desacreditadas, demonizadas, retaliadas, ridicularizadas.
Entretanto, cabe a ressalva de que o policiamento comunitário foi um início de flexibilização. As próprias companhias especializadas, sob reboque dessas mudanças, encontram os mesmos fundamentos. Porém, ambas as iniciativas foram fadadas ao fracasso porque não foram acompanhadas por uma reestruturação dos regulamentos, dos organogramas, etc.

É um debate formidável. Não podemos ficar numa argumentação moralista e não cientifica, porém não é sempre ineficaz um início de debate. Por isso, convido os leitores do Blog a fornecer opiniões sobre a temática.Pesquisem e escrevam sua opinião acerca dos efeitos da disciplina militar na condução dos trabalhos da polícia militar atual. A disciplina exaustiva otimiza ou atrapalha os serviços diários do militar?
Em tempos de confecção e discussão do novo Regulamento e lei de organização básica nada melhor que a discussão democrática sobre os efeitos benéficos ou negativos do militarismo sobre o serviço da polícia.

SD nº 5948 Couto

21 comentários:

  1. Marco (Kako) Carvalho20 de agosto de 2009 às 22:16

    Gostaria de observar um pouco mais para emitir minha opinião pessoal, de "sentir" os ânimos, mas acrescento que se entenderem a profundidade de sua postagem, caro Anderson, ficaremos um bocado de tempo nesta discussão, que coloca os outros temas que gravitam por aí como menores. A grosso modo e mal comparando com a informática, a desmilitarização ou manutenção da estrutura atual é como se fosse uma plataforma (como o Windows, Linux, Moddle, etc) onde se acondicionam as outras discussões (que neste tacanho exemplo, seriam os softwares). É por demais complexo o tema, e tomara que seja exaustivamente discutido.

    Saúde e Paz (e um pisão no pé, que hoje estou estabanado

    ResponderExcluir
  2. Certo Kako, kkkkk!

    Couto
    abs (e sem pisão no pé) kkkkkk

    ResponderExcluir
  3. Caro Couto, nosso cotidiano é por demais exaustivo, entre família(amigos), PM e Universidade, estou pisando nos próprios pés. Mas estou pesquisando muito, na segunda-feira, desejo apresentar propostas ao Comando. O final de semana será por muito pesado, no sábado seminário pela manhã, a tarde e noite propostas PM e domingo também. Hoje conversei com o jornalista Cap Marco e o mesmo falou sobre você, já havia observado seus textos, e estou aguardando sua visita na biblioteca do CFAP, não existe local melhor para nós, concorda?. Peço desculpas pela grosseria de não comentar agora o texto acima, congratulações. 1º Sgt Benhur.

    Todos fazem a história.
    Karl Marx.

    ResponderExcluir
  4. A identificação acima do texto é questão de programa. 1º Sgt Benhur.

    ResponderExcluir
  5. A questão Tiradentes continua...
    ...Caro historiador, é com muito respeito que respondo seu comentário, quando Benhur comentar qualquer assunto não será de forma ofensiva a ninguém, as convenções de convivencia já estão entre nós. No que diz respeito as versões e personagens, esteja sempre pronto a apresentar suas fontes, sobre Tiradentes e suas preferências, nenhum mestre afirmou nada,em suas aulas expositivas. Também não apresentaram obras sobre o objeto em questão, nem Projeto de Pesquisa ou TCC. Aliás, os mestres alertam. "Vocês devem engrossar o pescoço(mestrado)", sutentando então, teses de relevância para a sociedade. FREYRE, Gilberto. Casa GRande & Senzala. Formação da Família Brasileira sob o Regime da Economia Patriarcal. Rio de Janeiro: Global, 2007. p367 a 385. Nessa obra o autor expõe que "todo o brasileiro é índio e negro", pois houve o hibridismo(mistura). Em seguida, veremos outra exposição do autor. "O ambiente em que começou a vida brasileira foi de grande intoxicação sexual. O europeu saltava em terra escorregando em índia nua. Os próprios padres da Companhia precisavam descer com cuidado se não atolavam o pé em carne." E mais, "Todo brasileiro traz na alma e no corpo a SOMBRA DO ÍNDIO E DO NEGRO". O sergipano Manoel Bomfim expõe que não existe negro, índo e branco, existe a raça brasileiro. Freyre expõe que nos tempos de Colônia, os Senhores de Engenho se apossavam das jovens afro-descendentes, e por isso os Fidalgos respeitavam as brancas, pois tinham as "negras" para abusarem. O menino que não tivesse uma doença venéria, com 10 anos, era chamado de homosexual, assim se formou "O povo barsileiro. O estudante de História tem que ter olhar de historiador, sem preconceitos tendenciosos, uma versão histórica não é verdade absoluta. Assim, nos tempos de TIRADENTES, a cultura era abusar demais das escravas, e ou camponesas, cultura dos "civilizados" europeus, assim dizem os Doutores e Mestres. 1º Sgt Benhur

    ResponderExcluir
  6. Ah!, sobre o assunto ver: Blog de Paulo Ricardo Paúl - Cel PMERJ, cidadão pleno.

    ResponderExcluir
  7. Colocarei alguns comentários que postei na comunidade da Polícia Militar no Orkut sobre o tema, até proque fui por demais suscinto. Mas como não poderei exaurir o assunto nesses pequenos textos desde já indico possíveis conceitos interligados ao assunto:

    - Burocracia e autoridade racional, tradicional e carismática - Weber

    - Modernidade líquida - Bauman

    - Instituição Total - Goffman

    - Aparelhos insititucionais e ideológicos do estado - Althusser

    - Panóptico - Foucault

    - Subjetivação, dobra e rizoma - Deleuze

    - Medo líquido - Bauman

    - Teorias e procedimentos toytistas de administração.

    - Campos, habitus e poder simbólico - Bourdieu

    ResponderExcluir
  8. "Capitão Mano
    Sei da pós-graduação em segurança da Renaesp, inclusive conheço as coordenadoras, uma delas foi minha orientadora da Monografia de conclusão de curso. Dei uma lida no material produzido pelos policiais, são de ótima qualidade. Infelizmente muitas pesquisas não chegam ao conhecimento dos estrategistas da PMSE. O capital intelectual se perde pelo ralo da insatisfação. Quando disse acima, sobre a possibilidade de um projeto equilalente na PMSE, um concurso de monografia, um ciclo de palestras, foi no intuito de agregar esse conhecimento na prática administrativa. Inclusive um evento dessa estirpe organizado pela PMSE seria uma ótima forma de modificar a imagem da corporação no seio da sociedade civil. Creio que na modernidade líquida a sensação de segurança passa também pelo marketing e pela confiança da população na Insitutição. Porque ainda persiste certa desconfiança da população na polícia militar? A polícia militar deve mostrar seus talentos, deve abrir as portas e muros para um bom relacionamento com a imprensa, e isso deve partir da iniciativa dos próprios administradores. Certa vez, um professor da UFS, com muitos anos de casa, disse que nunca tinha visto tantos policiais no curso de direito, um concurso elitizado, algo que para ele era sinal dos progressos dentro da corporação. Em um curso que entra gente posses, falo isso porque frequentei também o referido curso, está lá o soldado, o capitão, o sargento abrilhantanto e elevando o nome da briosa. A polícia deve procurar modificar essa cultura instititucional, de divisão entre classes na corporação, do ranço entre antigos e novos, oficiais e praças, e isso só será possível pela iniciativa dos administradores que poderiam muito bem criar encontros com a finalidade de integração. O primeiro caminho seria logo acabar com esse lance de boletim reservado e locais de refeição separados. Poderiam ser criados grupos de discussão de problemas especificos dentro da corporação em que participassem todas as graduações e coisas do tipo. Com esse procedimento, paulatinamente, surgiria algo que está faltando na polícia militar: o espírito de equipe. A cultura do pior militarismo ainda está presente nos relacionamento humanos intra corporis. Isso tem obstado a sinergia de encontros mais produtivos entre a base e topo da pirâmide. Há uma ponte quebrada entre a base e topo que impede que demandas mais simples dos policiais da base não alcancem de forma adequada quem tem o poder de decição. No meio da oficialidade, falo aqui de cultura institucional e não nomes específicos, não há a empatia com os problemas dos praças até porque eles não procedem as mesmas atividades, e o próprio regulamento militar trata de conduzir o oficial ao um certo sentimento de distinção. Com isso, os inputs dos praças não refletem nas decisões por causa da disparidade cultural arraigada no seio da Instituição. Se o senhor observar bem, esse é um efeito poderoso de controle da tropa. A separação entre praças e oficiais é a própria manifestção do panóptico. Tudo é conduzido para que os oficiais sejam os olhos e ouvidos do regulamento, e toda a cultura da oficialidade, seu discursos, servem na prática para transformá-los nos condutores das sanções infinistesimais. Isso enfraquece a instituição que se torna dividida, não aproveita talentos, não possui canais de informação precisos, e isso ainda impede o planejamento estratégico. Certos canais de informações importantes, como os sargentos e o cabos, não fornecem as informações como necessário, e o topo não consegue a capilaridade exaustiva importante para o contato com a execução e com a sociedade.

    ResponderExcluir
  9. É como se os oficiais superiores tratassem do trabalho de polícia como um deve ser, no achismo, e não como ela é na prática. É por isso que defendo também que oficial do topo trabalhe no serviço de execução, nem que seja um vez por mês, não como se vê hoje de sobreaviso, mas que proceda abordagens, organize blitz e coisas do tipo. O oficial deveria sentir-se como praça, empaticamente falando. A carreira única resolveria esses problemas com certeza. E isso é também algo a se discutir com mais profundidade.Isso é comprovado Capitao pela forma como são conduzidos os curso de formação tanto do oficial quanto do praça. Ambros passam por um processo de aculturação e perda de identidade. Alguns resistem aos assédios do poder de subjetivação, mas outros incorporam tudo quanto é reservado, na cultura, a cada uma dessas classes. O oficial no curso é levado a incorporar a cultura de superioridade. Mesmo que não incorpore, resista, crie mecanismos de defesa, receberá certas sanções microcapilares, como por exemplo, ser desprezado por seus pares, até que em certo momento ele absorve na "marra" o papel que é reservado a um oficial de "verdade", ser a boca, ouvido e punho do regulamento, a máquina panóptica de fiscalização. Nessa perpectiva, esquece que o praça é amigo, parceiro de serviço, e considera-o como inimigo a ser vencido, o "anormal". Do contrário, o praça é levado a incutir a inferioridade. A ordem unida exaustiva é um processo de incorporação da disciplina e hierarquia. O nomes como bicho e recruta são como formas de levá-lo a sentir-se menos do que se acha. Com a disciplina constante, ele também acolhe a tese da anormalidade e sente-se um anormal, uma vítima, e todos são conduzidos a inimizade, até os próprios praças passam a perseguir os praças. Quanto mais são inimigos, praças e oficiais absorvem os efeitos e papeis do panóptico em suas vidas. O problema é que na sociedade moderna o panóptico entra em crise, algo que depois frisarei. Os novos modelos institucionais exigem espírito de equipe, a vestimenta da camisa da instituição, motivação, e não a disciplina forçada, isso é o que alguns teóricos oficiais da polícia chamam de disciplina consciente. Como consequência de todos esses problemas, a polícia não dá conta da resolução de problemas advindos da própria forma como conduz sua administração, fica sem rumo. Enfim, a polícia se tornou uma máquina de "menorização" de seus integrantes. Fora o incentivo ao embutrecimento, quem num sistema onde não é incentivado ao aperfeçoamento de bom grado procurará estudar. Isso é bem explícito quando vemos policiais que só estudam para sair dos quadros. A polícia é vista como uma jaula. Existe isso devido o fim das promoções, grande causadora de insatisfaçao e frustação. O policial é um desmotivado por excelência. Mas voltemos a administração, o grande mote da administração moderna é a flexibilidade.

    ResponderExcluir
  10. O just in time, tercerização, são procedimentos da administração moderna para se coadunar com os novos tempos de rápidas mudanças. O militarismo ainda é danoso para isso, porque impede a reestruturação de cargos, de atribuições, o administrador sempre fica restrito aos rigidos contornos de cargos e atribuição. Isso impede a flexibilidade da corporação as mundanças, políticas administrativas de curto prazo sempre são dificultadas pelo rígido regulamento burocrático. A instituição é morosa. Enquanto o crime organizado toma decisões rápidas, os contornos rígidos da parafernália militar impedem o livre curso das decisões. A piramide é muito alta. Quando as decisões chegam a base, elas não servem mais. Sem contar o grau de deturpação. Quando mais graus existir, mais as informações chegam a base distorcidas. Na prática, no final da corda, tudo é feito ao alvedrio da experiência do dia-a-dia. Por último, friso a intensificação de algo inscrito em todo o Brasileiro, o jeitinho, o clientelismo, o fisiologismo, o tráfico de influência, a transformação da coisa pública em coisa privada. Essa cultura ainda é intesificada quando é praticada no seio militar. Porque, além de frustado, o militar é um amordaçado pelo medo de "n" represálias. Quantas vezes irregularidades são feitas e ninguém tem coragem de denunciar? Isso tem um dedinho do militarismo. O militarismo impede, por práticas culturais, o respeito aos direitos fundamentais. Direitos fundamentais obvios, como a razoabilidade, publicidade, e, especialmente, a impessoalidade, a moralidade de atos administrativos, são depreciados em nome de um cultura que privilegia segmentos. Muitos integrantes esquecem que vivemos em um república, e que tais principios são fundamentais e devem ser respeitados. Infelizmente nosso cultuta absorveu tudo de ruim que existia na ditadura: o secreto, o pessoal, o imoral e ineficaz."

    Sd 5948 Couto
    Anderson Eduardo do Couto

    Abraços fraternos
    (os quatros últimos posts foram meus)

    ResponderExcluir
  11. Outro comentário na comu do Orkut (omitirei nomes):

    "Fico meio ressabiado com esse argumento de que a doutrina militar não tem nada a ver com as teorias do conhecimento, da administração, da sociologia, etc. Parace-me que seu defensor que demonstrar pela retórica que o sistema militar é melhor que outros porque cheio de deferência, torna seus sequases mais polidos, educados, integros. É pertinente a pergunta: o homem não pode ser polido, educado e integro sem o militarismo? Isso é a mesma coisa quando alguém vincula religião e moral. Por muito tempo se pensou que o presuposto da vida proba era o contato com Deus. Bayle, um filosofo, perguntou: uma sociedade de ateus não pode viver moralmente e mais decentemente que uma sociedade formada exclusivamente por religiosos? A mesma coisa quero frisar com esse comentário. É necessário o militarismo para a formação de um servidor de segurança honesto?

    Muitos aqui não fizeram o exercício comparativo, com dados, com teorias, com estatísticas (inclusive eu) para demonstrar a suficiência e insuficiência do regime militar, ficaram no "deve ser", o "sein". Especialmente (nome do interlocutor), ele ficou na religião do militarismo ideal, como é apresentado em alguns filmes Holywodianos, onde coróneis sacrficam-se em prol da público. Em vista disso, ele relegou práticas rotineiras da caserna para uma região de desreipeito aos dogmas mais verdadeiros da doutrina militar. Quando seus interlocutores procuraram interagir mostrando questões mais pragmáticas, ele sempre disse que isso era "o desvio". O problema é, lanço a hipótese: se todos os sistemas militares foram falhos na prática, a conclusão é que todos foram desvios da doutrina pura. Pergunto a (interlocutor): o que é esse militarismo verdadeiro? O que vejo, infelizmente, é que o discurso do (interlocutor) está mais para um discurso teológico-mitológico que para um discurso cientifico ou filosófico. (interlocutor) mostra-se um sacerdote defensor do dogma, e tudo aquilo que se desvia da doutrina - inclusive a prática cotidiana - é fruto do pecado de mentes corruptíveis.'

    ResponderExcluir
  12. Nesse diapasão, o mundo deve se render a idéia de (interlocutor), e não ao contrário. É o que a teoria do conhecimento chama de idealismo. O mundo é um cópia de pensamento, nesse caso, de pensamento puro. Esquece (interlocutor) que o mundo sempre aprsentará nuances que foge a qualquer observador particular. É por isso que a verdade deve ser sempre um constructo coletivo. É a partir de uma relação intersubjetiva que surgirá uma ação comunicativa e não instrumental (vide habermas). Isso é outro assunto bem interessante.

    A maioria das instituições pautam-se na razão instrumental. Tudo que foge a normalidade é visto com anarquia. A doutrina militar é fruto de um pensar instrumental. O fim, o militarismo, nunca deve ser questionado, nem pela sociedade civil. Os meios para perseguição do fim giraram em torno desse fim - a doutrina militar. O problema é que o fim da polícia não é o militarismo. O fim da polícia é a segurança pública, e os meios devem girar em torno dela. Mas dirão, o militarismo é um meio. Se é meio, então, ele não é o melhor, falhou, falha, e falhará!

    Outra coisa, num regime de razão instrumental, somente os especialistas podem discutir os fins e meios. Os oficiais que são os ditos especialistas falharam durante a história na condução da polícia militar. Abriu-se então a polícia para a discussões com a comunidade, um passo para o fim da razão instrumental na polícia. Surgem focos de razão comunicacional. Porque surge a polícia comunitária? Para melhorar os problemas da razão instrumental. Por que os oficiais resistem a polícia comunitária? Porque perderão privilégio na eleição de fins e meios concernentes ao serviço de segurança.

    ResponderExcluir
  13. A maioria das instituições pautam-se na razão instrumental. Tudo que foge a normalidade é visto com anarquia. A doutrina militar é fruto de um pensar instrumental. O fim, o militarismo, nunca deve ser questionado, nem pela sociedade civil. Os meios para perseguição do fim giram (raram)(rarão) em torno desse fim - a doutrina militar. O problema é que o fim da polícia não é o militarismo. O fim da polícia é a segurança pública, e os meios devem girar em torno dela. Mas dirão, o militarismo é um meio. Se é meio, então, ele não é o melhor, falhou, falha, e falhará!

    Outra coisa, num regime de razão instrumental, somente os especialistas podem discutir os fins e meios. Os Policiais que são os ditos especialistas falharam durante a história na condução da polícia militar. Abriu-se então a polícia para a discussões com a comunidade, um passo para o fim da razão instrumental na polícia. Surgem focos de razão comunicacional. Porque surge a polícia comunitária? Para melhorar os problemas da razão instrumental. Por que os policiais resistem a polícia comunitária? Porque perderão privilégio na eleição de fins e meios concernentes ao serviço de segurança. (um hipotese a ser discutida)

    ResponderExcluir
  14. Desta forma, por via obliqua, a polícia comunitária é um passo para o fim de certos aspectos da polícia mais militarizada. Enquanto, o militarismo conduz a polícia para uma instituição total (vide Goffman) a polícia comunitária escancara os muros da instituição. Enquanto, o militarismo separa o servidor militar da sociedade civil, a polícia comunitária aproxima. Enquanto, a polícia tradicional restringe a discussão dos problemas de segurança aos "especialistas", a polícia comunitária aproxima democraticamente os interessados, a população, dessa discussão. Pergunto ao (interlocutor): a polícia comunitário é compatível com o mais extremo militarismo puro, ou é mais um desvio?"

    Sd 5948 Couto
    Os quatro últimos comentários foram meus)
    Espero que ajudem no início de um debate franco, aberto e sinergético!

    ResponderExcluir
  15. Abraços querido 1º SGT Benhur!
    Ja conversamos muito!
    Acho que não lembras de mim!
    Qualquer coisa darei uma passadinha lá no CFAP!

    Couto
    abs

    ResponderExcluir
  16. Alguns dados divulgados em 2008, pelo IBGE, sobre a realidade cultural brasileira
    10/02/2009 | Indicadores da Exclusão Social, O Programa

    Apenas 13% dos brasileiros freqüentam cinema alguma vez por ano;

    92% dos brasileiros nunca freqüentaram museus;

    93,4% dos brasileiros jamais freqüentaram alguma exposição de arte;

    78% dos brasileiros nunca assistiram a espetáculo de dança, embora 28,8% saiam para dançar;

    Mais de 90% dos municípios não possuem salas de cinema, teatro, museus e espaços culturais multiuso;

    http://mais.cultura.gov.br/category/o-programa/indicadores-da-exclusao-social/

    1º Sgt Benhur

    ResponderExcluir
  17. PÓS-GRADUAÇÃO EM SEGURANÇA PÚBLICA GRÁTIS!
    Basta ter ensino superior completo e ser policial militar ou civil, bombeiro ou guarda municipal, da ativa. Quem não é nem policial, nem bombeiro, nem guarda também pode fazer (mas aí não vai ser de graça).

    Tudo custeado pelo Secretaria Nacional de Segurança Pública. Entendeu? O povo, através dos seus impostos, está pagando a nossa especialização. Veja abaixo as instituições que fazem parte da RENAESP e são credenciadas para ministrar o curso:
    1. Universidade Federal de Sergipe
    2. http://www.posgrap.ufs.br/

    ResponderExcluir
  18. Saudações a todos da PAPA MIKES, estudem, educação é fundamental, conhecimento supera dificuldades e o ser cresce, a Instituição agradece e o povo também. 1º Sgt benhur. Congratulações!!!

    ResponderExcluir
  19. Os problemas que afligem a nossa Polícia Militar não é o militarismo e nem a hierarquia, porque em qualquer instituição que conheçamos, seja ela privada ou pública, existem organização e disciplina, seja explícito ou implicitamente. Até no seio familiar existe a questão de quem manda e quem obedece. O problema da briosa é a burocracia, a falta de transparência nos atos que conduzem a instituição, a ineficiência e ineficácia, a lentidão e a paralisia. Tudo isso resumo numa só palavra: FRACASSO! Teoria, teoria e mais teoria... só funciona na teoria. A teoria sem a prática é um fiasco. Ambas têm que andar a par e passo. O importante para a polícia é aplicar, de forma eficaz, os recursos humanos e materiais, na prática. O que a RP e Choque estão fazendo, por exemplo, enche os olhos de todos os sergipanos, e nós militares estamos inseridos nesse contexto. Devemos nos orgulhar vendo esse trabalho abrilhantado por essas duas Cias. É disso que a sociedade precisa. Resultados! A segipanidade precisa é de confiabilidade na instituição e, para isso, precisamos implementar os nossos conhecimentos, deixando o campo da ideologia e partirmos para o empirismo. A teoria conduzira os gestores da segurança publica do nosso Estado para a criação do CIOSP com o objetivo de dar celeridade aos atendimentos das ocorrências policiais. Tudo ficou muito bonitinho no papel. Mas o CIOSP, na prática, vem pecando. E pecados que não deveria cometer. Vou explicar porquê. Hoje, sexta-feira 28, eu estava saindo da Unit,centro, pela manhã, e percebi dois elementos parados sobre uma motocicleta, em situação de suspeição, próximo a uma agência dos correios que fica na rua Divina Pastora. Um estava sentado sobre a moto e o seu parceiro, um pouco afastado, mas observando a movimentação interna daquela agência. A minha intuição e experiência policial me diziam que eles iriam fazer um assalto. Visualizei a placa da moto que estava com eles e pedir ao CIOSP que a consultasse, urgentemente, com o intuito de ter subsídios para abordá-los e detê-los, pois estava à paisana. Entrei na Agência, percebi o estado de aflição das duas funcionárias que lá estavam, fiquei pronto para uma reação contra os suspeitos, caso eles viessem, tudo isso com o meu celular no ouvido aguardando o retorno do CIOSP, até que eles perceberam a minha atitude a foram embora. Depois de uns cinco minutos que os suspeitos foram embora, recebi a confirmação de que a placa consultada pertencia a outra motocicleta completamente diferente da que eles estavam. Resultado: a instituição perdeu a oportunidade de tirar de circulação mais dois criminosos assaltantes do seio da sociedade. Não estou querendo dar uma de herói e nem recomendo que o policial atue sozinho, porém pior é vermos o crime acontecer na nossa frente e nos acovardarmos. Detalhe, essa Agência sofrera um assalto há dois dias, segundo as funcionárias.
    Aproveito a oportunidade para sugerir que os senhores vejam a possibilidade de dar uma maior celeridade às solicitações feitas, principalmente por policiais, para que possamos, mesmo à paisana, contribuir para não aumentar as estatísticas de assaltos e outros crimes mais,que vem se tornando uma rotina na nossa sociedade.

    ResponderExcluir
  20. É AMANHÃ DIA 30

    ELEIÇÃO NA ASSOCIAÇÃO DE CABOS E SOLDADOS

    AMANHÃ DIA 30 DE AGOSTO

    VOTE CHAPA "02" E DERROTE O ATUAL PRESIDENTE CABO BEZERRA

    ResponderExcluir
  21. Movimento pela postagem responsável19 de setembro de 2009 às 00:29

    Se a disciplina atrapalha a administração não pode ser considerada um valor. Ok. Deveria ser considerada um desvalor, um vício, um mau hábito.

    A hierarquia e a disciplina fazem parte de toda Administração, inclusive naquelas onde predominam a gestão horizontalizada. As variações de grau hierárquico é que estabelecem diferenças entre as modalidades de gestão.

    O que a PMSE e inúmeros órgãos estatais precisam é passar por uma verdadeira revolução educacional, de maneira que se focalize o planejamento institucional, a formação profissional e o fomento da Ética. Possivelmente, esse tripé pode constituir robusto alicerce para o desenvolvimento da PMSE.

    ResponderExcluir